quarta-feira, 31 de julho de 2013

Fisiologia do Olho Humano


Formação de imagens no olho humano

No olho, a luz atravessa a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo e dirige-se para a retina, que funciona como o filme fotográfico em posição invertida; a imagem formada na retina também é invertida.
O nervo óptico transmite o impulso nervoso provocado pelos raios luminosos ao cérebro, que o interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que realmente se encontram.
O cérebro reúne numa só imagem os impulsos nervosos provenientes dos dois olhos.
A capacidade do aparelho visual humano para perceber os relevos deve-se ao fato de serem diferentes as imagens que cada olho envia ao cérebro. Com somente um dos olhos, temos noção de apenas duas dimensões dos objetos: largura e altura. Com os dois olhos, passamos a ter noção da terceira dimensão, a profundidade.

Humores
O humor aquoso é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino.
Humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho.

Nervo óptico
É um grupo de fibras nervosas que consistem no prolongamento das células ganglionares da retina, de forma tubular, com algumas artérias (anel de zim?), que conduz as imagens captadas pela retina e fóvea, para o
córtex cerebral.
Vão desde o pólo posterior do olho ao quiasma óptico
Consiste em 3 porções principais:

  • Intraocular – é identificada como o disco optico 
  • Intraorbitária – começa quando o nervo abandona o olho através da lâmina crivosa  -  aqui tem uma forma de S que permite os movimentos oculares extremos
  • Intracraniana – quando passa o canal optico começa o trajeto intracraniano que termina ao nível do quiasma otico. O nervo otico funciona como um prolongamento do SNC e as suas porções intraorbitária e intracraniana encontram-se envolvidas pelas meninges

Disco óptico:
Corresponde à reunião das fibras ganglionares.
Como aqui não há fotoreceptores corresponde a uma mancha cega no campo visual.
O disco apresenta uma grande variabilidade no seu tamanho de individuo para individuo. A sua coloração normal é amarelo-alaranjada e tem margens bem definidas. O anel neuroretiniano consiste na aglomeração de todas as fibras do nervo ótico e tem uma configuraçãoo característica com a porção mais delgada a corresponder à zona temporal.
A escavação é uma pequena cavitação no centro do nervo ótico, é o local mais claro do disco onde não existem fibras nervosas. O tamanho da escavação está relacionado com o tamanho do disco. Um aumento da escavação pode significar perda de fibras nervosas. O registo do tamanho da escavação faz-se através da anotação da relação escavação/disco.
A artéria e veias central da retina entram no olho ligeiramente nasal ao centro do disco

Pode ser visualizado no seu ponto de origem através da oftalmoscopia, sendo este ponto denominado de disco óptico, que apresenta frequentemente uma depressão central denominada “escavação”, onde não existem fibras nervosas. Um aumento da escavação pode significar perda de fibras óticas. O seu ponto de ligação com a retina é o ponto cego do olho (lugar de onde o nervo óptico sai do olho). É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação.

Vascularização do nervo óptico:
Depende do anel de Zinn que é um anel anastomótico de pequenos vasos com origem nas artérias ciliares posteriores curtas e na artéria central da retina. Estes dois vasos tem uma origem comum na artéria oftálmica que por sua vez é ramo da carótida interna.

Muitas das patologias oftalmológicas só podem ser exploradas através da visualização do Fundo ocular:

  • tem uma coloração uniforme, alaranjado/avermelhado. 
  • Podemos identificar nasalmente o disco ótico e temporalmente a mácula (que tem uma coloração um pouco mais escura, mas com luz verde fica amarelada, sendo chamada de mácula lútea). No centro da mácula temos a fóvea central (zona avascular), que corresponde ao ponto de maior perceção visual.


2 Tipos musculares existentes no interior da órbita:
- Músculos extrínsecos – envolvidos no movimento do próprio globo ocular e na elevação da pálpebra superior. (4 retos, 2 obliquos e o elevador da pálpebra superior)
- Músculos intrínsecos – controlam a forma do cristalino (músculo ciliar), ou o tamanho da pupila (dilatador da pupila e esfíncter da pupila)

Músculos extrínsecos ou extra-oculares

Os globos oculares têm seus movimentos conduzidos pelos músculos externos.
Dos retos, só o lateral tem inervação diferente.
Os 4 retos têm uma origem comum no anel tendinoso que se encontra no ápex da orbita, anteriormente inserem-se ao nível do globo ocular
Os músculos oblíquos não tem origem no anel tendinoso, são angulares na sua aproximação ao globo ocular, inserem-se na metade posterior do globo ao contraio dos retos.
O oblíquo superior emerge no corpo do esfenoide, insere-se no quadrante supero-externo do olho – a contração leva a olhar para baixo e para fora.
O oblíquo inferior é o único que não tem origem na porção posterior da cavidade orbitaria, emerge da porção medial do assoalho da órbita e insere-se no quadrante externo posterior do olho inferiormente ao reto lateral

Via Visual
É composta pelo nervo Óptico, quiasma Óptico (ocorre o cruzamento das fibras da metade nasal da retina, e o não cruzamento das fibras da metade temporal da retina), Feixe Óptico , Corpo Geniculado Lateral,  Radiações Ópticas e Área Visual Primária.

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